Além do Alerta: A Jornada para Transformar Dados em Ações que Salvam Vidas

Como enfermeiro, aprendi que o cuidado é feito de detalhes: um sinal vital que se altera, um olhar diferente do paciente, uma anotação no prontuário. Esses pequenos pontos, quando conectados, fazem toda a diferença na segurança do paciente.

Como profissionais de saúde, estamos na linha de frente, conectando esses pontos para garantir a segurança de quem está sob nossos cuidados. Hoje, à frente das Operações Clínicas na Munai, meu papel é potencializar essa capacidade de conectar sinais com o apoio da tecnologia e IA.  A tecnologia gera dados valiosos, mas o que realmente importa é o que fazemos com eles. Um exemplo é o alerta precoce de deterioração clínica, que só gera valor quando desencadeia uma ação à beira-leito, impactando positivamente a equipe e o paciente. O Desafio da “Última Milha” na Saúde Digital

Implementar uma nova tecnologia em um ambiente hospitalar é um desafio complexo. A rotina é intensa, as equipes são sobrecarregadas e a resistência ao novo é uma reação natural. O verdadeiro desafio não é apenas gerar um alerta de risco, mas garantir que ele se transforme em uma ação à beira-leito.

É o que chamo de “a última milha”: a ponte entre a informação gerada pela IA e a intervenção assistencial que, de fato, salva vidas. Se essa ponte não for bem construída, a melhor tecnologia do mundo se torna apenas mais um ruído na rotina do hospital.

“Um alerta é um chamado para a ação. Nosso trabalho na Munai é garantir que essa chamada seja ouvida, compreendida e, principalmente, atendida com a máxima eficiência pela equipe.”

Como construímos essa ponte na Munai

Na Munai, não entregamos apenas um software. Entregamos uma parceria focada em resultados. Sabemos que o sucesso da nossa plataforma depende diretamente do engajamento das equipes de saúde, especialmente da enfermagem, que está 24 horas por dia ao lado do paciente.

Para garantir que a tecnologia se integre à rotina, nosso time de Sucesso do Cliente, composto por enfermeiros e especialistas em processos, atua em quatro frentes principais:

  • Mapeamento de Processos: Antes de tudo, ouvimos. Entendemos a cultura, os fluxos e os desafios de cada instituição para adaptar a solução à sua realidade.
  • Desenvolvimento de Protocolos Clínicos: Em conjunto com a equipe do hospital, cocriamos e otimizamos protocolos clínicos. Definindo o “o quê”, o “quem” e o “quando” para cada tipo de alerta, como o “Código Sepse”, transformando a informação em um plano de ação imediato.
  • Treinamento e Engajamento: Capacitamos as equipes para que confiem na ferramenta. Mostramos como os alertas de piora clínica podem ser seus aliados, otimizando o tempo e aumentando a segurança do cuidado.
  • Acompanhamento de Resultados: Medimos o impacto juntos. Analisamos taxas de adesão aos protocolos, tempo de intervenção e desfechos clínicos para celebrar as vitórias e ajustar a estratégia continuamente.

Essa jornada transforma a tecnologia de uma simples ferramenta em uma parte integrante da cultura de segurança do paciente. É assim que garantimos que a inovação se traduza em valor real para instituições, equipes e, principalmente, em vidas salvas.